segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Moinho de Sonhos

Sempre acreditei e acredito que o desenvolvimento de projetos, objetivos e a construção de sonhos em comum fazem com que se promova um ambiente de convivência onde o enfrentamento dos desafios que se apresentam aconteça de forma agradável, motivadora e produtiva. E isso acontece em qualquer âmbito de nossas vidas, seja pessoal ou profissional, promovendo o crescimento de todos os envolvidos.

Não pude, então, deixar de me emocionar com esse conto de João Anzanello Carrascoza, que retrata de forma singela essa realidade.

Moinho de Sonhos
Autor:João Anzanello Carrascoza
Ilustração: Martha Werneck.

A mulher e o menino iam montados no cavalo; o homem ia ao lado, a pé. Andavam sem rumo havia semanas, até que deram numa aldeia à beira de um rio, onde as oliveiras vicejavam.

Fizeram uma pausa e, como a gente ali era hospitaleira e a oferta de serviço abundante, resolveram ficar. O homem arranjou emprego num moinho próximo à aldeia. A mulher se juntou a outras que colhiam azeitonas em terras ao redor de um castelo. Levou consigo o menino que, no meio do caminho, achou um velho cabo de vassoura e fez dele o seu cavalo. Deu-lhe o nome de Rocinante.

Ao chegar aos olivais, o pequeno encontrou o filho de outra colhedeira - um garoto que se exibia com um escudo e uma espada de pau.

Os dois se observaram à distância. Cada um se manteve junto à sua mãe, sem saber como se libertar dela. Vigiavam-se. Era preciso coragem para se acercar. Mas meninos são assim: se há abismos, inventam pontes.

De súbito, estavam frente a frente. Puseram-se a conversar, embora um e outro continuassem na sua. Logo esse já sabia o nome daquele: o menino recém-chegado se chamava Alonso; o outro, Sancho.

Começaram a se misturar:

- Deixa eu brincar com seu cavalo?, pediu Sancho.
- Só se você me emprestar sua espada, respondeu Alonso.

Iam se entendendo, apesar de assustados com a felicidade da nova companhia. Avançaram na entrega:

- Tá vendo aquele moinho gigante?, apontou Alonso. Meu pai sozinho é que faz ele girar.
- Seu pai deve ter braços enormes, disse Sancho.
- Tem! Mas nem precisava, respondeu Alonso. Ele move o moinho com um sopro. Sancho achou graça.
Também tinha uma proeza a contar:

- Tá vendo o castelo ali?, apontou. Meu pai disse que o dono tem tanta terra que o céu não dá para cobrir ela toda.
- E se a gente esticasse o céu como uma lona e cobrisse o que está faltando?, propôs Alonso.
- Seria legal, disse Sancho. Mas ia dar um trabalhão.
- Temos de crescer primeiro.
- Bom, enquanto a gente cresce, vamos pensar num jeito de subir até o céu! - disse Alonso.
- Vamos!, concordou Sancho.

Sentaram-se na relva. O cavalo, a espada e o escudo entre os dois. Um sopro de vento passou por eles.
Já eram amigos: moviam juntos o mesmo sonho.


João Anzanello Carrascoza
Autor deste conto, é publicitário, professor da Universidade de São Paulo (USP) e autor de livros infantis, entre eles, Aprendiz de Inventor (Ed. Ática).
Fonte: Revista NOVA ESCOLA, Edição 225/setembro de 2009.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Caminho do Crescimento Pessoal





















Tive o prazer de participar, hoje, como palestrante, da formatura do Curso Aluno Monitor, que ocorreu às 14:30hs, na Diretoria Regional de Ensino de Colinas, com alunos das Escolas Estaduais desta Regional.


Na palestra, com o tema “O Caminho do Crescimento Pessoal”, abordei aspectos relevantes para o desenvolvimento humano desses jovens, promovendo uma reflexão sobre projeto de vida, o caminho a ser percorrido e as competências necessárias para, com esforço, dedicação e perseverança, alcançar a plenitude humana.